DOCUMENTÁRIO SERTÃO COMO SE FALA
Em outubro de 2014, Fernando Poletti integrou a equipe de produção do documentário Sertão como se Fala, que percorreu sete estados do Nordeste brasileiro para registrar histórias de pessoas que aprenderam a ler [o mundo] com o alfabeto sertanejo. Ele ilustrou os traços e características dos povos e localidades desta região do Brasil. O abc do sertão considera os sons das letras e não seus nomes, como faz o convencional, em português.
O filme investiga as raízes deste modo de falar e busca professores e alunos que ensinam a falar “mê” ao invés de “eme” e “lê” no lugar de “éle”. São nove as letras do alfabeto convencional que têm um som diferente em grande parte do sertão: Ê – Fê – Guê – Ji – Lê – Mê – Nê – Rê – Sí.
O filme foi lançado em 2016, no espaço cultural Cento e Quatro, em Belo Horizonte [MG, Brasil]. Na ocasião foi realizada uma exposição com as ilustrações que Fernando Poletti produziu no decorrer do projeto.
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Escultor Fernando Poletti abre exposição nesta quarta-feira, no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte
Exposição “Corpos em trânsito: formas de conter e contar o mundo” reflete sobre busca de equilíbrio.
Abertura é nesta quarta-feira (18/12), das 19h às 22h, no Museu Inimá de Paula, no centro da capital.
A exposição “CORPOS EM TRÂNSITO - formas de conter e contar o mundo” apresenta, no Museu Inimá de Paula, trabalhos desenvolvidos pelo escultor argentino Fernando Poletti, a partir dos diversos territórios que ele atravessou e que o atravessaram. A abertura de exposição é nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro, das 19h às 22h. O museu fica na Rua da Bahia, 1.201, Centro, Belo Horizonte.
Radicado na capital mineira desde 2014, Fernando reflete sobre as limitações, contenções e modelagens impostas pelos mundos que habitamos. O artista mostra pessoas em busca de um equilíbrio, mesmo que transitório, em meio às demandas da vida cotidiana, transformando em imagem um pouco do que os nossos corpos podem contar sobre nós.
Com curadoria de Rachel Cecília de Oliveira, que também assina a expografia com o pesquisador Rodrigo Borges Coelho, a exposição permanece aberta para visitação até o dia 1º de março. Raquel e Rodrigo são pesquisadores e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
De acordo com Rachel, “nesta exposição, Fernando Poletti mostra corpos que ressaltam a falta de cabimento dos papéis sociais aos quais somos submetidos, quaisquer que sejam eles. Ele aponta para a quase impossibilidade de cada ser humano, em sua individualidade, caber nos moldes, modelos ou normatividades estabelecidas, por mais ‘naturalizadas’ que elas sejam”. Para ela, os diversos territórios pelos quais o artista transitou foram primordiais para a criação dessa narrativa visual. Antes de se radicar no Brasil, Fernando passou por vários países da América Latina e também pela África, onde se deparou com diferentes pessoas, com vidas bastante distintas, todas em busca de um equilíbrio, mesmo que transitório, em meio às demandas da vida cotidiana.
A partir disso, ele passou a transformar em imagem um pouco do que os corpos podem contar sobre nosso descabimento. “O equilíbrio que ele busca é bastante específico, é um equilíbrio metafórico que transparece no corpo. Metafórico, pois seus corpos não visam movimentos que demonstram a capacidade de elasticidade do indivíduo, eles cristalizam um frame de uma cena. Solidificam um instante de uma ação completa, o qual transparece processos de domesticação e de docilização”, define Rachel.
Segundo o artista, uma das estratégias da exposição é usar diferentes materiais para mostrar que, por mais que os moldes sejam os mesmos, a singularidade de cada um é importante.
Para Fernando, a exposição é uma oportunidade de pensar sobre as posturas desconfortáveis a quais nossos corpos são submetidos na vida em sociedade: “as pessoas aqui representadas mostram pesos que suportamos, muitas vezes para atender moldes que não nos cabem, e, assim, seguimos numa busca constante de equilíbrio, de retorno, de investigação do que realmente somos”, explica.
SOBRE O ARTISTA
Fernando Poletti é escultor, ceramista, ilustrador e pintor argentino nascido em 1984. Possui experiência de uma década na confecção de esculturas e tem formação superior pela Escuela Municipal de Cerámica de Avellaneda [Buenos Aires]. Trabalhou em grandes ateliês da capital argentina e atuou na restauração do Museo del Bicentenário, na Casa Rosada, sede nacional do governo argentino.
Entre 2012 e 2014, o artista viajou pela América Latina buscando conhecer seus povos, ilustrando seus traços, ministrando oficinas de escultura e pintando murais. No Brasil, ministrou aulas de escultura em Florianópolis [SC], Curitiba [PR], Ubatuba [SP], Angra dos Reis [RJ] e atualmente ministra cursos de escultura e cerâmica em Belo Horizonte [MG], onde reside desde 2014.
Em Belo Horizonte, Fernando ofereceu oficinas na Escola Ceramicando Arte da Terra, no Habilis Atelier e no Dom Atelier de Arte. Em 2015 e 2016, ministrou cursos sobre escultura cerâmica na Escola Guignard [UEMG], para alunos da comunidade rural de Conceição do Mato Dentro [MG] e também ofereceu oficinas de produção de fornos artesanais para cerâmica. Entre 2015 e 2017 ministrou aulas no Atelier Zema e em 2017 passou também a oferecer cursos no ALMEIDA - Centro de Inspiração, onde manteve seu atelier [CENTRAL atelier de esculturas e interações urbanas], integrando o projeto Ateliê no Prédio.
Atualmente, Fernando ministra aulas de escultura e cerâmica no seu atelier, localizado no bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte [Minas Gerais, Brasil], onde também se dedica à produção de suas peças.
Em 2016, Fernando produziu um monumento em tamanho natural em homenagem ao violonista capixaba Maurício de Oliveira. O monumento foi instalado na Praia de Camburi, um dos principais pontos turísticos de Vitória, capital do Espírito Santo, no sudeste do Brasil.
Exposição CORPOS EM TRÂNSITO - formas de conter e contar o mundo
. ABERTURA . 18 de dezembro . quarta-feira
. HORÁRIO . 19h às 22h
. CURADORIA . Rachel Cecília de Oliveira
. EXPOGRAFIA . Rachel Cecília de Oliveira e Rodrigo Borges Coelho
. PERÍODO EXPOSITIVO . 18 de dezembro de 2019 a 1º de março de 2020
. LOCAL . Museu Inimá de Paula . Rua da Bahia, 1201, Centro, Belo Horizonte
. ENTRADA gratuita
Horários de visitação .
terças, quartas, sextas e sábados . 10h às 18h30
quintas . 12h às 20h30
domingos . 10h às 16h30
Mais informações .
instagram.com/fernandopoletti.sculptor + facebook.com/fernandopoletti.sculptor + fernando.esculturas@gmail.com
museuinimadepaula.org.br . [31] 3213-4320
Assessoria de imprensa .
Fernanda Brescia . bresciafernanda@gmail.com . [31] 99313-3610